>DEBRUÇADA NA JANELA*
Olhando a lua nas alturas bela
Onde o sol emprestou-lhe claridade
Ela reina com o fitar de sentinela
Esgueirando o olhar sobre a cidade
Na noite é testemunha dos segredos
Dos ébrios caídos na calçada-leito
Da fuga da mocinha ao encontro, medo
Sem a máscara do pecado, sede o peito
Nada foge ao seu olhar atento brilhante
Das artimanhas profissionais do gatuno
Do tiro inesperado da fuga do meliante
Da criança pedinte amante sem rumo
Deve chorar como testemunha ocular
Indefesa e inapta sua lágrima faz rolar
Mote do Fórum do RL
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 29/01/2008
Alterado em 29/01/2008