>NO AMANHECER A TORMENTA*
O amanhecer despontou sonolento
Os raios penetraram na fresta da janela
Massageou o coração amando lento
Na penumbra do quarto em sentinela
Rápido fugiu nas nuvens se ocultou
O tempo vestiu a túnica cinza que cortou
Gritou o trovão rasgando, o silêncio chorou
Na claridade do relâmpago o coração palpitou
A água em grossas lágrimas açoitava
A vidraça, sem a mansidão da neblina
O vento feito fera gemia e arrastava
Impurezas do solo rumaram aos bueiros
Na Fortaleza quarta-feira cristalina
Como o coração que deporta aventureiros
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 25/01/2008
Alterado em 25/01/2008