>COM O MESMO CIMENTO*
Edifica-se um espaço em desafio
Grande por fora numa visão pomposa
Pequeno por dentro por escassez de brio
Congelado no vazio, um jardim sem rosa.
Com o mesmo cimento numa choupana
Vi, assisti, presenciei dois amores ternos.
O amor aflorava visível na membrana
Eram duas almas em gozos eternos
Era menina, trago na lembrança a lição
De uma vida simples, o sorriso constante
O zelo, o companheirismo a paz reinante
Sem filhos viveram, completos e amantes
Na ausência da parceira para o além
A outra alma definhou sem alento-emoção
E Deus o chamou para unidos também
Completarem o ciclo em comunhão
Mote do Fórum do RL
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 29/12/2007