*SE EU FOSSE UM ESPELHO
Mirava-me nas horas matutinas
Ao nascer do sol, momentos mudos,
Enquanto o tempo acorda do escuro
E traz toda esperança nas surdinas.
Fitava meu olhar puro sem trégua
nas águas cristalinas, ocultas lágrimas,
e via neste abismo infindas léguas
perdidas nas crateras em poços d’alma.
Nos anos idos marcas sobre a face
cada traço tatuagem sem valia
revela as angústias e inda sorria,
das horas de sonhos, de esperança
guardados no baú desvelo e lança
cortando o coração em mil disfarce.
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 31/05/2023