<UM SÍMBOLO NA LEMBRANÇA*
Veio-me a lembrança à cena
Do meu sertão em pequena
Do cavalo caseiro domesticado
Com esmero proteção e cuidado
Montava na garupa deste manso
Animal de estimação do meu pai
Viajava para a cidade sem cansaço
Admirando a paisagem que se esvai
Passava pelo rio sem temer
Os pés descalços na água tocavam
O vento soprando na face vibrava
Era o transporte na labuta, amigo fiel
Olhava seu porte com vigor e beleza
Recordo do amor por tamanha destreza
Galopando em meu corcel
Ganho o espaço, bebo o vento,
Libertário sonho ao léu
Não me sai do pensamento
Do passado tão cruel
Não guardo ressentimento,
Renovando o seu papel
Meu amor segue sedento.
Coração esmiuçando
Encontrou o teu retrato
Pensamento galopando
Já desaba em teu regato
Nosso amor vai se entranhando,
Dos teus laços, não desato...
SOGUEIRA
MARCOS LOURES
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 15/12/2007