*DA JANELA
Tela minha
A chuva fina caía suave e fria
sentada na calçada, a solidão,
corpo sob a lona talvez gemia
a alma já faminta sem emoção,
o vento açoitava ao som cantante
qual música triste em melancolia,
o cão de guarda fiel e sem limite
lambia sua parceira em agonia.
a mão Divina ordenou à natureza,
o silêncio caminhava devagar,
a água obedeceu sem protestar.
Foquei a luz do olhar contrito e vago,
amor ali prostrado, frio e afago,
cão e cadela salvos, quanta beleza!
Chave de ouro-Academia Jacarehiense – RJ
Do livro, Silêncio que Fala