Chovia
De pé na vidraça apreciei a rua,
pingos dançavam em som harmonia,
o olhar admirando na noite nua,
silêncio na solidão em revelia.
A lágrima lambeu na face triste,
as horas desoladas confessoras,
tempos que se foram, mas que acinte!
E nuvens vagueavam redentoras.
O pensamento volta, vê na praça,
frio pernoitando sem aconchego,
corpos frágeis nutrindo sob a graça,
amor, desamor, sina, desapego.
Cativos da herança sem limite,
olho no firmamento, conta quite...
***
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