Tela minha
*MEMÓRIA
Trago na memória do meu luar
Luar que olhos não vão encontrar
Na selva de pedra de luz embutida
Sem rio corrente, só mar, e alarida
O ar correndo sem um empecilho
Balanço suave, o plantio do milho
Musica nas folhas dos carnaubais
Gorjeio de aves nas madrugais
O banho na água em abundância
Perece correnteza em vigilância
O nado hábil encontra afoiteza
Corpo e alma entregue na nudez
Oculta o olhar tirano do cortes
À caça, o desejo nato, a presteza
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 23/10/2021
Alterado em 23/10/2021