>DUAS SAUDADES*
Saudade de tantos tempos idos
Da cidade Jaguaruana não esquecida
Da menina sem mãe, pai presente
Do povoado sempre lembrado bem vindo
Vida feliz só a natureza presente
Na areia o pé queimando descalça
Subindo nos cajueiros bem altos
Dos frutos naturais o galope no cavalo
Ainda esta lá minha casinha antiga
Agora modificada com novos donos
A foto sempre trago e vejo-a no sono
Nas tuas saudades as minhas afloraram
Juntemos as duas, tempos já passaram
E poetamos, estas saudades tocaram
Saudade dos meus tempos de menino
Da aurora tão distante, da alvorada,
Correndo pelas ruas na calçada
Do tempo que passou diamantino
Distante destes dias me alucino
E busco uma esperança resguardada,
Promessa de manhã iluminada,
Bebendo deste rio cristalino.
Olhando para trás sigo com fé
Vou nas margens do Rio Muriaé
Descendo para o mar que eu não sabia.
O tempo trouxe seca para o peito,
Agora vivo só e insatisfeito
Sonhando o renascer do mesmo dia...
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 03/11/2007