Tela minha
*DEVANEIOS
Se pudesse te amar, talvez um dia,
um minuto sequer de amor eterno,
quem sabe, tanta angústia que assedia,
um dia o devaneio tornasse terno.
Vem à noite e mais uma noite vem,
o sono pernoitando sem ter sono
na janela fria o sonho se detém
estrela confabula sina e mono.
Nas horas de saudade vejo o tempo
nem olha para traz sereno e surdo
de tanto vê amor sozinho e mudo.
Quem sabe meu sonhar seja pequeno
e meu amor de frágil seja ameno
e o coração só ama a contratempo.
Chave de ouro – jacarehiense RJ.
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 03/08/2020