>NÃO DESISTO**
Sou madeira de lei não desisto
Entre perfeições e imperfeições
Fico entre as potencialidades
Que ateia discursos e decisões
Não envergo nem renego
Mostro a cara desnuda
Aproveito a sombra ofertada
Pra deslizar na estrada
Sua sangria para mim
É flor ofertada com cheiro
Recolho ponho no jarro
Se murchar nem desespero
O pé fica no chão inerte
Oras salta noutra direção
Escondo-me da lama
Quando suja passo a mão
Do prazer já delicio
Se a oferta desagrada
Abro meu sorriso franco
Pisco o olho sem ver nada
No caos junto às raspas
Como marceneiro prensa
E renasce outra mesa
E vivo de recompensa
Amando nesta vivenda
Amar cura uma amargura
E não deixa nem resquícios,
Um amor nunca é loucura,
Embora traga seus vícios.
Faço deste verso meu
Um carinho que te toque,
Tanto amor se concebeu,
Inda tenho mais no estoque.
Passageiro da esperança
Caminheiro sem ter tréguas,
Meu amor sempre te alcança
Na distância, tantas léguas.
Vagamundo coração
Na procura de encontrar
Tanto amor, santa emoção,
No meu sonho a galopar.
Nos meus vasos, sangue pulsa
Vou ritmando uma alegria,
À tristeza, tal repulsa,
Pois o bem eu te queria.
Marceneiro que na prensa
Dos retalhos fez um sonho,
Tanto amor; sei que compensa
Faz o mundo ser risonho..
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 04/10/2007