*ESTRADA
A curva não embargou meu olhar voo,
a mente seguiu a imensidão da reta,
curvas são rios longos em escoo
perdem-se no infinito à porta aberta
Cortam os rios, mares, ares, selvas,
Seguindo onde a terra aporta o fim.
Procura abrigo, no verdor das relvas
leva o caminheiro triste aos confins.
Um gole d’água, senhora, que sede!
Casa humilde oculta da cidade,
Caneca em barro é luxo de cristal,
Se o vento sopra anuncia vendaval.
A estrada continua sem recesso
A mente perpetua ida e regresso.
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Tela minha
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 21/02/2019
Alterado em 03/03/2019