*NAS ELEIÇÕES
A fila estava mais ou menos com trinta pessoas. Entra um homem perto dos 30 anos com passos trôpegos, não sabia onde pisar parecia que procurava chão, falou: eu sou prioridade quero ser o primeiro. Uma voz rouca de olhos avermelhados, também alcoolizado, reagiu e se manifestou eu sou prioridade tenho mais de sessenta anos.
Quem falou aí, retorqui o primeiro. E mais, quem votar no partido PAA leva bala. Retirou o revolve da cintura. Que partido é esse moço? Partido dos alcoólatras anônimos. Já se viu acabar com o álcool. meu café da manhã, tarde e noiote. E foi apertando no gatilho. As pessoas correram desfizeram a fila. Uma criança que o acompanhava gritou: não tenham medo o revolver é de brincadeira é meu brinquedo favorito.
Voltaram a refazer a fila. Uma senhora se manifestou repreendeu a criança. Não brinque com aramas meu filho e sim de bola, de carrinho, de esconder, de todas as brincadeiras que estão ao seu alcance menos com armas. Meu pai disse que era para eu aprender a me defender, né pai? Certo, fi é para obedecer os pai. Tou certo ou tou errado?
Não vamos discutir com bêbado, além do álcool, a maldade mora na educação desse homem, é de sua natureza, coitado.
A moça que estava na porta mandou o primeiro entrar. O bêbado entrou primeiro. Deixemos esse infeliz entrar para nos livrar de aborrecimentos. Na mesa o presidente pediu para o moço colocar a digital. Qual digital? Eu não trouxe esse negócio que o senhor falou. O dedo senhor. Meu dedo não, eu quero é assinar.
O senhor fez a biometria? Eu não fiz nada moço, a arma era de brinquedo. Trouxe a identidade? Ah, essa eu truve e tenho desde que me casei com aquela dona encrenca. Vá à cabine e volte. Levou a criança com a pesca na mão. E custou a sair, o mesário foi ver o que estava acontecendo.
O homem estava sentado no chão sem poder se levantar a criança tentando e nada conseguia. Chamaram dois homens votantes sentaram o infeliz no chão e mandaram a criança chamar alguém da família para levá-lo a casa. A criança alegou que morava um pouco longe e não sabia ir sozinha. Ficaram os dois sentados ali até nem sei que hora..
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 03/11/2018
Alterado em 03/11/2018