>ENSINA-ME A AMAR*
Ensina-me a mar com devoção
Como uma luz sustentando o facho
Como uma rocha que se edifica
Com a veneração do fruto pelo cacho
Ninguém é feliz fingindo que ama
Nem acerta o caminho sem saber aonde vai
O coração se entrega diversidade incerta
Nunca está inteiro fragmentos nada mais
Amores são eternos verdadeiros?
Paixões são artifícios passageiros?
Se os dois seguem abraçados corriqueiros!
Este coração aventureiro e absoleto
Engana-me faz manobras indesejadas
Não enxerga dirige de olhos vendados
Não tendo escola, amor, que ensine amar
Apenas é deixar que tudo venha,
Tomando nossa vida devagar,
Amor não tem sinais, nem mesmo senha
É fogo que em si mesmo faz queimar
É dele o bom calor, pavio e lenha,
É nele que se ensina a desfrutar
A sorte mais intensa que detenha.
Embora seja qual um passageiro
Que siga seus destinos por si só,
Nascendo e renascendo feito o pó
Alquímico prazer, um feiticeiro,
Amor não tem juízo ou paradeiro,
Nem mesmo de si mesmo amor tem dó...
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 04/09/2007