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*FORA DE MODA
Se não estivesse fora de moda eu falaria sobre o AMOR. Amor família, fraterno, conjugal. Amor eterno, que compartilha, divide, respeita, move a vida, dignifica a alma, engrandece a convivência, cria laços inseparáveis, enobrece os sentimentos e tudo faz para que a vida se torne mais serena em meio ao turbilhão de insensatez, que o mundo atravessa.
Se não estivesse fora de moda eu falaria sobre o PERDÃO. Perdão tão distante das criaturas as quais não conhecem a quietude que o pensamento necessita. Falaria que o perdão lava o espírito, abre o sorriso, pede abraço, ameniza a tempestade, traz a paz interior.
Se não estivesse fora de moda falaria da AMIZADE. Na amizade verdadeira, há confiança, mola mestra de todo relacionamento, abre as portas ao diálogo, compreende que o outro é um ser individual sujeito a acertos e erros, que a perfeição não traz um molde preestabelecido. Nada está pronto. Aprendemos, conquistamos, amamos, e somos felizes à medida que a aula da vida mostra suas facetas e com ela o aprendizado diário e permanente.
Se não estivesse fora de moda falaria de FAMÍLIAS. Parece que a argamassa do alicerce está mal estruturada, rui à menor ventania. A prole anda sem freio, a porta permanece aberta, qualquer hora entra e sai um vendaval, que os arrasta em todas as direções, os casais se dispersam, formam novos lares muitos insustentáveis e infelizes.
Se não estivesse fora de moda falaria de FELICIDADE. Segundo o dito popular não há felicidade, “apenas momentos felizes”. Tantos textos em prosa e versos falam do desamor, solidão, e me pergunto: Onde andam estes dois parceiros inseparáveis, “o amor e a felicidade”? Estão dentro de todos nós e não sabemos conquistá-los.
Se não estivesse fora de moda falaria de PAZ. Sabemos sem contestação que as drogas destroem os lares; a libertinagem, o sexo livre, a AIDS, traz doenças irreversíveis; as guerras desestruturam as nações; a violência dizima os culpados e inocentes. Só a paz salva a humanidade.
Se não estivesse fora de moda falaria de DEUS. Deus criador do universo e de tudo que nele habita: seres animados e inanimados. Os que não creem dizem que os tolos obedecem à religião por medo do inferno, e a justiça por medo da prisão. Por esta razão, grande percentagem habita o inferno da vida, fazem moradia nas prisões abarrotadas de incrédulos, como se fosse seu habitat.
Deus seja louvado.
NB. Este texto foi escolhido e postado em uma volumosa apostilha, para alunos do Ensino Médio do Colégio Lourenço Filho, destaque em nossa cidade. O texto foi lido ontem na AFELCE, Academia Feminina de Letras do Ceará pela escritora Francinete Azevedo.
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 05/02/2017
Alterado em 05/02/2017
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