*ALMA INQUIETA
Ainda que a face no olhar revele
Da calma que a transparência oculta
Nada revela, nem o tempo impele
De exportar disfarce, curar disputa
Na inquietude da alma, que se nega
Em partilhar e simular anseios
Que a vida é turbilhão firme, navega
Entre ondas e com ela eu me alio.
Nas horas onde o tempo é único e só
Janelas, templo aberto no silêncio
Minha alma voa encontra a nota dó
Mas não desata o grito, nem o laço
Desbrava estradas e mesmo cônscio
Inquieta abraça o óbvio, o mesmo espaço.
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 02/12/2016
Alterado em 02/12/2016