*QUEM DERA , AMOR!*
Quem dera que este cais abandonado
Trouxesse um passageiro livre, manso
Regado de carinho em belo espaço
Unindo os desejos, embalo encanto.
A mão já calejada em dura vida
É gozo da missão força cumprida
Ao toque d’ outra mão frágil bendita
Afagos em carícias, mãos divinas.
Molho-me nesta chuva em plena paz
Com pingos gotejando corpo, vida
Sabor de liberdade, alma esquecida
Embalo-me nesta procura rotineira
Desejos viajando em mar aberto
Unindo meu amor a tua prece
As mãos já calejadas pela vida,
Os olhos esquecidos no horizonte.
O tempo se aproxima em despedida.
O sol que vai morrendo trás o monte
Mostrando quanto é dura a nossa lida
Em busca do futuro que se apronte
Apenas nosso amor mantém a fonte
Nesta certeza em glória, tão querida
De vermos esperanças e consolos,
Aguando e semeando em nossos solos
Frutificando a paz em liberdade.
Arando uma certeza feita em luta
De que o amor venceu a força bruta...
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 24/07/2007