*O SABOR DA SAUDADE*
São tantas as saudades guardadas
Dos tempos distantes da mocidade
Do primeiro olhar conquistado
Da casa sertaneja que é passado
Saudade da palavra não dita
Dos sonhos que foram ocultados
Em outros tempos confusos, secretos
Do amor primeiro, não conquistado
Há saudades tão belas, singelas,
De uma palavra amiga, enviada
Que denota confiança postada
Mas a saudade que reina maior
Que a lembrança não apaga
É a perca das pessoas amadas.
Saudades que carrego pela vida
Pesando o coração – eu vou capenga.
Da infância que perdi já tão querida,
Das lutas e derrotas, tanta arenga.
Do gostoso das frutas no pomar
Café pela manhã, broa e quintal.
Do sonho adolescente a me tomar,
Do amor que veio louco e passional.
Saudades de quem fui e não voltei
Do tempo que passou e ludibria.
Da boca carmesim, que não beijei
Da lua se espalhando em fantasia...
Saudades, tantas são que nem me conte...
Cada vez mais nuvens no horizonte...
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 18/07/2007