ARTIMANHAS DO AMOR
Amor é chama que queima
É gelo nas noites sombrias
É vento que sopra na aurora
E lua poetando aos delírios
Oras é a paz desejada
Oras angustia sem limites
Outras vezes sentimentos em vão
Outros contentamentos infinitos
E neste paralelo sem fim
O amor viaja sempre sorrindo
Com garras de fera ferindo
Entra em qualquer coração
Sem licença, sem permissão
Cupido e flecha unidos estão
No fogo deste amor que tanto queima
Prazeres e desejos, dor, tristeza,
Na persistência intensa, tanta teima,
A recompensa imensa, com certeza.
Na paz que me angustia, o riso dói,
No toque corrosivo, sou feliz.
Arquitetonicamente destrói
Fazendo assim, de mim, tudo o que eu quis.
É fera carinhosa que me beija
Com garras afiadas, me tatua.
É dor silenciosa que troveja
Pesando em minhas costas, já flutua.
Envolto nos teus braços de mulher
Ele faz de mim tudo o que quiser.
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 07/06/2007