AMOR- FALANDO DE AMOR
Aposentei meu coração amargurado
Pra repousar de dilemas incontidos
Mas, ele é fraco volta forte e vencido
Sorrir contente desafiando o perigo
E silencia ao mirar com mais enlevo
Um afago, uma palavra descuidada
Enrosca-se qual caracol em sua casca
Movido à descoberta em novo espaço
Quem pode olvidar tal sentimento
Envolto em sofreguidão, neste lamento
Amor, dom natural, luz, paz Divina
Recuso-me oh! Senhora a tal tormento
Se amor não há, neste espaço envolvente!
A grandeza da vida rui lenta e descontente!
Dilemas tão difíceis nesta vida,
Amar é ser feliz? Decerto não.
Na lágrima que custa a ser contida
A marca inexorável da paixão.
Entretanto não vejo outra saída,
Escravo desta louca sedução
Que traz, em cada nova sensação,
A Esperança, por vezes vã, perdida.
Inerente à nos mesmos, frágeis tolos;
Não vejo perspicácia que o domine
Nem mesmo solução definitiva.
Semente que fecunda a tantos solos
Não há nada no mundo que extermine
A força propulsora sempre ativa.
SOGUEIRA
Marcos Loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 31/05/2007