* FOLHAS AO VENTO*
Oh! Vento que voas libertino
Joga-me onde o tempo decidir
Perambulando no além do infinito
Qual destino terá meu fim!
Fui viçosa, cheia de clorofila
Tiram, do meu ser a seiva bruta
Que elaborada pessoas curam
Chás, sucos, todos buscam
Sou essencial, indispensável até
Dou sombra, abrigo aos viajantes
Balanceio no ardor do sol pungente
Irradiando um ventilar bem docemente
E hoje jogada ao relento sombrio
De tua façanha arrastando-me assim
Ainda sirvo como adubo fertilizante
Ao seio da terra alimento do porvir
Comparando-me a seres desgarrados
Jogadas ao destino tirano e incerto
De enganos e desenganos trilhando
Como “eu”, rolam sem destino certo.
Que olhos contemplará tão triste fado
De uma folha seca jogada ao vento
Pisada, indiferente aos transeuntes,
Só um poeta inebriado de sentimentos
Poesia "On-line" do Fórum do RL
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 24/05/2007