*DOIS MIL E TREZE
Criaram os meses e os anos
Para marcar no calendário,
Sonhos, alegrias desenganos
Também na mala o abecedário.
É assim, no passado, presente,
No futuro o mesmo rosário
De tão gastas as contas prende
A mente, no mesmo diário:
Riso que traz felicidade,
Dor entrando sem licença,
Amor com gosto de saudade,
Saúde mendigando presença,
Criança esbanjando alegria,
Outras sem saber a que veio,
Pedinte nascendo todo dia,
Mendigo, droga e devaneio,
Deus dividindo os cristãos,
Guerras que nunca apagaram,
Do homem o poder das mãos
As terras doadas esmagaram.
O conserto perdeu direção,
Não sabe que rumo tomar
Vamos agora à comunhão
Cada qual seu papel planejar:
Limpar o lixo das entranhas,
Amar como se fosse dever,
Abraçar as causas tamanhas
Que faça a mente crescer,
Caminhar numa nova era,
Fazer do bem uma armadilha,
Pra que no sopro da atmosfera,
Respiremos a mesma partilha.
Chegamos, dois mil e treze,
Passamos mais uma ponte
Banhadas da cabeça aos pés
Na esperança de ir à fonte
Do amor redentor da paz,
Dos amigos como esteio,
Desejo a todos, ano eficaz,
Saúde, carinho e bolso cheio.
Na Casa de Juvenal Galeno
Desde a presidente Eliana,
E amigos, meu abraço sincero
Feliz natal á todos, eu espero.
Poema recitado na confraternizaçõa da
Academia de Letras Juvenal galeno, 2013
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 22/12/2013