*SAUDADE DO MEU SERTÃO
Esta saudade guardada
Que trago dentro de mim
É fogo que nunca apaga
Pelo verdor do capim.
Quem dera o leite mugido
Pela manhã sossegada
Sem o ranger do apito
Nas horas da madrugada.
Quem dera a fruta pura
Sem o ardor do veneno
Queijo de sabor natura
Sem gelo e sabor pleno.
Mas acabou o discurso
Campo virou cidade
Energia, e agrotóxico
De mãos dadas, vaidade.
Até a lua fugiu do olhar
Não a vemos radiante
A luz ofusca o lugar
No poste todo elegante.
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 17/09/2013