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*MÃOS Sonia NogueiraQue tocam o corpo em silêncio,
que abraçam na emoção diária,
recebe outra mão em saudação
recolhe outra de olhar párea.
Mãos que acenam na despedida,
enxugam lágrimas, encobre sorriso,
escreve no ar onde a vista alcança,
amo-te filho, és meu único paraíso.
Mãos que protegem todas as horas,
a criança, o ancião, o grande amigo,
conduz ao amor nas tardes sonoras,
ramalhetes arrancados d’ improviso.
Nas mãos que pedem alimento,
Imploram proteção na triste face,
As que batem e as que perdoam,
são as mesmas do árduo enlace.
Tem mãos postadas sobre o altar,
rogando proteção na dor oculta,
ó mãe, traz a cura das feridas,
a mesma que sentistes nas alturas.
Do filho Deus chorando agonia,
as mãos no peito a lágrima, a cruz
no colo a escultura da nítida Pietá,
no abraço sofrido pela mãe de Jesus.
Mãos dadas,
Andamos juntos, sempre,
Envoltos em confiança,
Meu amigo somos irmãos
Porque a escolha é nossa.
Nada é imposto,
Partido, time, política, cor,
Cheiro, flor,
Tudo é partilhado no respeito
Que une dois seres que optam
Juntos caminhar.
Obrigada por segurar minhas mãos,
Nas travessias mais difíceis, me amparar,
Nos momentos mais escuros, me guiar,
E com meiguice, minhas lágrimas enxugar.
Que eu tenha força,
Que eu tenha paz,
Que eu tenha o mesmo amor,
Para te agasalhar!
Delasnieve Daspet
Sonia Nogueira e Delasnieve Daspet
Enviado por Sonia Nogueira em 18/01/2013
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