** MEU VÔO **
Não consegui pousar
Em nenhum porto seguro
Campo vasto inconseqüente
Buscando espaço obscuro
Podaram minhas asas
Em toda adolescência
O tempo passou incólume
Pedindo abrigo, clemência
Às vezes pouso em arbusto
É frágil pode quebrar
Uma árvore bem frondosa
Nem tudo pode ofertar
Há vôos leves, indecisos
Munidos de pedregulhos
Outros, espinhos ocultos
Encapados sem barulhos
Enquanto asas eu tiver
Muito espaço para voar
Coração pra palpitar
Lucidez no meu pensar
Viverei em pleno ar
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 10/01/2007
Alterado em 10/01/2007