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*O SOM DAS ÁGUAS
Cada pingo umedecendo a terra Cada gota na face que caminha Aquela aliada aos tufões e serra Aqui lágrima no peito se aninha
Olhando a cachoeira vejo o som O mesmo ritmo descendo, anistia Vencendo a gravidade vem o tom Fazendo melodia em eufonia
Chorando a chuva no meu telhado A madrugada recolhe-se comigo O pensamento viaja estremecido Juntando o sonhar, do eu contigo
Nas ondas o gemido faz poesia Bilhões de pingos em orquestra Cantam, e eu absorta em harmonia Entrego-me solidária nesta sestra
O rio nas enchentes toma espaço Inunda feito mar, e o som final Baila na correnteza e no mormaço Qual música e serenata Divinal
Entrego-me nesta hora matutina O sonho despojado, o sono aflito E no encontro da hora vespertina O corpo confabula amor contrito sonianogueira
Terceiro lugar no VI Concurso Poesias sem Fronteiras Salvador, 20 de janeiro de 2011. Coordenador Marcelo de Oliveira Souza
http://blig.ig.com.br/marceloescritor/v-concurso-literario-poesias-sem-fronteiras/
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 16/01/2011
Alterado em 16/01/2011
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