QUE A PAZ CHOVA NO MUNDO

SoniaNogueira

Arte e Emoção Caminhando

Textos


 Mais um ano, o ano de 2010. Passou rápido, dizemos com euforia. Vamos embelezar a casa, comprar roupa nova, calçado novo, olhar a decoração da cidade, reunir a família, era assim que meu saudoso pai fazia. Lembro da mesa grande, filhos e netos, sorriso franco acolhedor, olhar verde admirando o fruto. Fiz minha parte, parecia pensar: - Deus assim projetou. Não escrevi o livro certamente, no meu povoado a terra era o futuro, o solo bem cuidado para a mesa farta, a maior riqueza, mas plantei muitas árvores, adubei a terra e a prole aqui, com a missão cumprida.

Boas lembranças que o tempo não apaga, nem apaga a fé, que eu via embutida naquele homem, meu pai, sem a força das letras. Não precisava de estudos para sentir a presença do Criador. Está exatamente quando o olho nu vê a obra do escultor ao olhar a tela do firmamento, o ciclo da vida animal e vegetal, o mistério da nossa origem. Qual o mestre que dá a receita do pulo do gato, ou a fórmula do seu invento, trancada a sete chaves!

A história se perpetua, em cada época com enredo diferente. Cada nação inventava a origem do homem ou um poder Divino, de maneira
que o cérebro criava e acreditava: No Egito, Mesopotâmia, Fenícia, Grécia, Roma havia o politeísmo, isto é, acreditavam em vários deuses com várias formas e na imortalidade da alma; Na Mesopotâmia, também politeístas, não acreditavam na recompensa após a morte, visavam através da religião, dádivas materiais e inéditas; Na Palestina o Judaísmo já pregava um Deus único, imortalidade da alma, recompensas, castigos após a morte e a vinda do Messias.

Com Jesus, nascido na pequena cidade de Belém, na Judéia, no reinado de Otávio Augusto, e crucificado, no império de Cesar, sob a ordem indireta de Pilatos, lavando as mãos, é que veio a boa nova, o cristianismo, a religião de Cristo, pregando o amor ao próximo, igualdade entre os homens, perdão, fraternidade, humildade, oração penitência, imortalidade da alma em caráter universal. A missão era unir os povos numa só crença, Deus, criador do universo. E desenvolveu-se rapidamente porque correspondia a uma necessidade de esperança para os desprotegidos.

Foi em Roma que o cristianismo se firmou sob a ordem do imperador Constantino, século III, oficializado e divulgado espalhando-se por todos os países civilizados após muitas lutas sacrifícios e mortes. Apesar do trágico e de muitas controvérsias a força do poder Divino nunca morrerá.

Para dar continuidade à história festejamos todos os anos o Natal maior festa cristã da humanidade. Para os que crêem haverá sempre a vontade de ser feliz, recomeçar a cada virada de ano, em cada renascer, com o Jesus menino símbolo da pureza, bondade, perdão e reconciliação com o irmão, com nós mesmos, com Deus.

Não esqueçamos do aniversariante, o Jesus menino, embrulhado na manjedoura das luzes, dos quitutes, das bebidas, da beleza da cidade. Ele é destaque da festa. Onde a fé predomina, o homem teme a força do desconhecido, a vida torna-se mais amena, o pensamento mais suave, a fraternidade mais próxima e o peso que carregamos da vida mais leve.

Amém. Feliz Natal a todos, aos leitores e a equipe de "O povo" em Cristo.

sonianogueira

Nota: Leiam: Justo de Tiberíades, Filon de Alexandria, Tácito, Suetônio, Plínio, e Flavius Josephus (grande historiador romano-judaico que viveu em 37 d.c.). Sua obra: "Antiguidades Judaicas" e um dos excertos do capítulo "Testimonium Flavianum" são uma das grandes provas arqueológicas da história sobre a vida e os milagres de Jesus na Galiléia. Esses autores não eram religiosos! Eram historiadores!


No Jornal  "O mensageiro São Gerardo"

No jornal "O Povo", on-line e impresso.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/jornaldoleitor/2010/12/18/noticiajornaldoleitorjornal,2079252/natal-nao-esquecamos-o-aniversariante.shtml
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 18/12/2010
Alterado em 30/12/2010
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