*SAUDADE
O pescado fresco à noitinha
Esperando no luar acordada
O pai chegando com a tarrafa
O jantar, peixe puro, a pescada
Saudade lembrando a ribeirada
Correndo leito a baixo à tardinha
O vento açoitando e, na noitada
O vento frio, o chilro da rolinha
O banho toda hora, todo dia
O barco levando passageiros
A chuva, cheiro de terra havia
Fruta madura sem trapaceiros
Saudade das festanças do lugar
Quermesses, pé-de-moleque grude
Mão de fada da avó para ninar
Os netos, o comprador amiúde
Só uma grande saudade me aflige
A mãe, que cedo partiu pro o além
Coração vazio não entendeu acinte
Dois aninhos mãe fica aqui aquém!
sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 12/11/2010