*SERTÂO
Sou nascida no sertão
Cheiro da terra molhada
Leite mugido e montão
De gado florindo estrada
Rio correndo ligeiro
Ao som do vento da tarde
Ave no chilro fagueiro
Voando igual liberdade
Berrando o bezerro aflito
Sentindo a falta da mãe
O pinto nascido e bendito
Da casca milagre, oh mãe
Saudade aqui resguardada
De outrora do pai cavaleiro
Montei no cavalo, a estrada
O vento na face, o cheiro
A vida correndo frouxa
Sem vício, no sol da tarde
Sino tocando o Ângelo
Quanta saudade me invade
sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 05/11/2010