*SOSSEGO
De tanto sossegar eu me perdi
No meu pensamento órfão, aquietado
E quando eu me acordei me percebi
Mais órfão ainda em meu passado
Era tanto sossego nas palavras
Nos atos, na lida, nos meus reversos
Que a criação, criava as travas
As palavras bebiam meus desertos
A calma inda perdura sem conserto
Sonhos acomodados na janela
Ansiando orquestra previ concerto
De tanto persistir o tal sossego
Criei uma canção, pintei nuna tela
Um rio caudaloso, um aconchego
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 23/09/2010
Alterado em 21/11/2018