*SILÊNCIO E EXPLOSÃO
Olhando o rio calmo, a correnteza
Deleite do abismo, das enxurradas
Tragando toda sorte na afoiteza
A vida foi-se, a casa, madrugadas
Sono em quietude fez-se pesadelo
O tempo era próximo programado
Corria a criança, de areia seu castelo
De repente nem resta mais passado
A lágrima de alegria se fez treva
Ruiu todo encanto lento, apressado
Que sonho, Deus, está tudo acabado
Vaguei na imensidão água e deserto
De almas sem guarida, campo aberto
Na inquietude o olhar calmo se eleva
sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 22/07/2010
Alterado em 23/07/2010