QUE A PAZ CHOVA NO MUNDO
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Soneto 519 com MarcosLloures
*A SOLIDÃO
Distante doutro olhar solidão vem
Envolta a vista foge sai de sena
Melhor está sozinha sem ninguém
Do que na companhia que condena
Dizia uma amiga há poucas horas
E fui pensando e vendo desengano
A solidão frequenta sem demora
O coração que anseia sede e canto
Procuro de esta dor ficar distante
Das letras faço pouso e harmonia
Levando luz ao poeta afagante
Quisera ser a luz qual pirilampo
Faria dos amores alquimia
Na mesma agilidade do relampo
sonianogueira
Relampejante sonho toma o campo
E dele não se vê sequer mais nada
Somente o que luzia em madrugada
Na fagulha fugaz de um pirilampo.
Enquanto a realidade; enfim encampo
A sorte noutra linha desvendada
Deixando a noite imensa já nublada,
Nas hordas da ilusão, agora acampo.
Nos pampas da emoção velha coxilha,
O coração gaudério busca e trilha
Trazendo na guaiaca esta esperança
Bebendo deste amargo vejo a vida
Nos veios da tempesta quer guarida
E assim nos braços teus, ele se lança.
marcosloures
Sonia Nogueira e Marcos Loures
Enviado por Sonia Nogueira em 12/02/2010
Alterado em 21/11/2018
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