HAITI
Eras o lar dos humildes, sina
Do povo desprovido à sorte
Esperança que a mente destina
Entre filhos do mesmo consorte
A Natureza carrega sem estima
A vida, a desesperança ao corte
Da ilusão na hora vespertina
Oh, Deus creio no vosso poder
Onde estás neste momento
Grita a criança, que fazer
Com tanta emoção e tormento
A dor não ensina o vencer
Só a lágrima reina lamento
A terra só ensina a correr
Da mãe só a lembrança agita
Do pai a força se perdeu
A fome mendiga, que desdita
O vento soprando venceu
O Céu assiste a alma aflita
Todo o universo se perdeu
Na mente, no olhar que debita
Ajuda, proteção, lar e amigo
Uma mão estendida piedosa
Oferta que sacia do trigo
Na pele uma vida honrosa
Quantos encontram jazigo
Na força maior poderosa
Que venha clemência, abrigo
sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 21/01/2010
Alterado em 30/01/2010