*DEBULHANDO PALAVRAS
Sentada olhando a plateia quieta
Colhendo palavras sem memória
O pensamento voo olhar luneta
Catou palavras na trajetória
Declinei no olhar visão de ocaso
Meio nítida meio configurada
Janela e aridade em longo prazo
Agendou o coração corri alada
Coletei palavras fui moldando
A canção pro poeta lá distante
Os versos se uniram moderando
Pra seguir na tarde corriqueira
Missiva de leitura abraçante
Como galho em fruta da videira
sonianogueira
Qual fora um lavrador, ora debulho
Palavras que te possam agradar,
A cada novo verso um pedregulho,
Segredo que procuro desvendar.
E quando no horizonte, enfim mergulho,
Buscando a fortaleza de um luar,
Recolho cada frase com orgulho,
Podendo te dizer que é bom te amar...
Deveras, muito eu quis e não quiseste,
Houvera algum instante em nossa vida,
Que a nossa caminhada, estando unida
Vencesse um solo duro e tão agreste,
Praieiro coração encontra o cais,
Distante de temíveis temporais...
marcosloures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 15/11/2009
Alterado em 15/11/2009