*EU TENHO MEDO
De ser como uma ave de rapina
Roubar de mim os anos criança
Apagar a veia da esperança
Driblar sonhos, sujar a retina
De emoldurar de azul o quadro
Acender o sol, abrir estrada
Guardar no filtro água destilada
Não ouvir do coração o ladro
Rimar alegria sem melodia
Valsar sem o compasso dual
No grito o coração sem ritual
Desabar no vácuo em acefalia
Tenho medo da força da dor
Que fere como ato atirador
sonianogueira
Ciranda da Maysa
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 11/10/2009
Alterado em 11/10/2009