*0 QUE NADA CUSTA
A luz que se recolhe sonolenta
O equilíbrio do tempo pernoitando
A alvorada silenciosa sem tormenta
O som que sai do eco solfejando
O bando de andorinha revoando
O despertar do sono num sorriso
Que sonha na penumbra professando
Se ainda existe Céu ou paraíso
O abraço que oferta outro abraço
A lágrima derramada da saudade
O ombro que abriga o antebraço
Nada custa o valor do teu sorriso
As palavras q/em deleite e amizade
Leio-te no teu verso tão conciso
sonianogueira
Exposto ao caracol dos sentimentos
Que molda a nossa vida num segundo,
Vagando em carrossel, sou vagabundo
E bebo sem pudor, céus e tormentos.
Olhares que nem sempre estão atentos,
No quase vou conciso e me aprofundo,
Meu verso se mostrando tão imundo
Aguarda a calmaria pós os ventos...
E o gesto desumano da saudade
Que toma este cenário e tudo invade
Rompendo os tais tratados da amizade.
A vida se propõe com qualidade,
E tento ter, quem sabe, a liberdade
De poder ter enfim, tranqüilidade...
marcos loures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 03/09/2009