*DESPERDÍCIO
Nos olhos famintos da dor
Da fome que assola o mundo
Quantas mesas fartas de cor
Num banquete em segundo
Traga o lixão ao seu sabor
Na terra suja e moribunda
Quinhentos pares de sapatos
No outro a sina do pé no chão
Vestidos caros em aparatos
Jóias luzem pescoço e mão
Na miçanga os olhos fartos
No chitão veste-se o povão
Vive assim a humanidade
Uns desperdiçam excesso
Outros imploram caridade
Vivendo o mesmo processo
Uns desperdiçam felicidade
Outros nunca levam sucesso
No desperdício da mente!
Há! Quanta gente é inútil
Faz da vida um dissolvente
Da felicidade tempo fútil
É tão bom viver contente
Vele mais amar e ser útil
Sem água não viveremos
Façamos dela líquido puro
Sem amor feneceremos
Não desperdicemos, juro
Que do abraço merecemos
Sem desperdício asseguro
sonianogueira
Mote da poesia *On-line*
Amiga Sonia Nogueira
Da querida Fortaleza
Que poesia verdadeira
Carregada de beleza
Tem valor e conteúdo
Mais importe que tudo
É salvar a natureza
A nossa maior riqueza
Não pode virar restolho
Temos que ir na defesa
Botar a barba de molho
Se possível não chorar
Para não desperdiçar
A água que cai do olho
Parabéns e forte abraço
Heliodoro
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 12/07/2009
Alterado em 13/07/2009