*A CARRUAGEM DA VIDA
Montei a carruagem pra seguir
Bem no início da madrugada
Arriei dois cavalos e parti
Levando na sacola abalizada
Montei a carruagem pra seguir
Levando saudade que é moradia
Guardado no baú como relíquia
Coragem com cara de anestesia
Para injetar nas horas de agonia
Levando saudade que é moradia
O trote era lento pra não cansar
O tempo servindo de alforria
No pensamento a alvura do luar
Os sonhos servindo de guia
O trote era lento pra não cansar
Passaram dias noites segundos
O vento roçando na face nua
Na carruagem sonhos profundos
Que se perderam noutra rua
Passaram dias noites segundos
No bojo da terra a esperança
No tempo o relógio vai girando
Um bichano como guarda, lobo
Na espera o coração rosnando
No bojo da terra a esperança...
sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 11/07/2009
Alterado em 11/07/2009