*SILÊNCIO*
Ficou o silêncio enamorando a alma
O vento calmo sussurrando ao ouvido
O galho sem viço desprendeu a palma
Rolou no chão, sem piedade banido
O encanto ocultou-se no mistério
A chuva beijou a janela disfarçada
Banhou o coração num refrigério
Que sossegado vigia a retomada
O dedilhar das páginas estão lentos
A inspiração como um lampejo rápido
Vagueia sonâmbulo abobamento
Sem o toque da voz de gosto sápido
Nas incertezas que da vida é lema
Só corações enamorados leem o tema
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 01/04/2009