Minha quarta tela
* Passeio a praia da Taíba
Passamos o dia de domingo, 12 de novembro, na praia da Taíba. Fica no Ceará município de São Gonçalo de Amarante, 70 quilômetros de Fortaleza. Os coqueiros embelezam a tela da natureza, dunas andantes deslocam-se com a força gigante do vento.
Fomos fazer um trabalho de campo com o professor de pintura em tela, Edu. Não ficamos na cidade seguimos um pouquinho mais a frente. Hospedagem ofertada por uma aluna do curso, casa de veraneio.
O acolhimento nota 10. Logo de entrada uma lauta mesa para o café da manhã, composta de frutas, leite, queijo, pão, café, bolo.
Fomos à praia que estava sem banhistas, apenas nós do grupo. O sol suave e tímido por trás das nuvens embelezava o clima irrequieto das ondas, e mesmo na turbulência natural transmitia paz, a mansidão que a alma necessita. A vista não alcançava o infinito, somente o azul do firmamento, numa ilusão de ótica, beijava a água em união constante e pertinente.
Quando passeamos, conversamos, rimos, estreitamos os laços de amizade e comemos exageradamente. De repente chega a hora do almoço: peixe, frango galinha, frutas, arroz, baião de dois, pirão, verduras, legumes, ovos, sucos, refrigerantes.
O professor foi tirar uma soneca. O grupo ficou no alpendre da casa, os assuntos versaram sobre religião, cristianismo, espiritualismo, gostos e preferências, profissão etc, etc.
O professor Edu mostrou sua habilidade no teclado, eu toquei só Noite Feliz. Por fim chegou a hora da arte. Sentados no chão ou nas cadeiras, pintamos a tela acima, com os dedos. Os pinceis olhando abismados admirando a criatividade assistiram com desdém, falaram.
-Ei me abandonaram? Não sou mais o carro chefe das telas?
- Nada disso amadas ferramentas. A arte é rica em criatividade, em cada estilo ela se expressa de forma bela que encanta o gosto variado de cada apreciador.
Sonia Nogueira