Campus da UNIFOR
Um Nome
Um nome, uma data, um símbolo, um desenho, uma frase registra um fato, marca uma história. Ontem, antes de iniciar a aula de desenho em tela, no SESC, ficamos conversando de maneira aleatória, não sei por qual motivo, surgiu o acidente com o Boeing da VASP em junho de 1982, na serra da Aratanha em Pacatuba, Fortaleza Ceará.
O avião chocou-se contra os morros, e nenhum sobrevivente. No acidente encontrava-se 137 passageiros e nele o Edson Queiroz, cearense de Cascavel, residente em Fortaleza, empresário com vários empreendimentos financeiros: GLP, sistema de gás; água mineral; mineração; eletrodomésticos; agroindústrias; comunicação de rádio, TV filiada e rede Globo; e da UNIFOR a universidade mais cara de Fortaleza. Recebeu medalhas pelo mérito industrial.
Estava conosco um senhor, aluno de desenho comentando sua presença no lamentável acidente, no ano de 1982, pois era bombeiro. Nenhum corpo identificado, apenas pedaços dispersos por todos os lados.
Uma mão foi encontrada e nela a aliança com um nome “Yolanda” e mulher de Edson Queiroz, que ainda controla o grupo juntamente com os filhos. A pessoa que encontrou a mão foi agraciada com uma bolsa de estudo na UNIFOR e formou-se advogado.
Não tivesse a aliança o registro do nome, nenhum pedaço deste grande empreendedor financeiro teria restado, para identificar um corpo que existiu e como todos da criação Divina, se reduzem no pó, sina natural dos humanos.
Até hoje existem questões sobre o porquê da queda. Era estranha a possibilidade de falha na indicação dos instrumentos, pelo fato do 727-200 ter possuído os melhores equipamentos da época. Certas pessoas alegam que o voo controlado foi induzido propositalmente pelo comandante da aeronave, que supostamente estaria com uma dívida grande, de 4 milhões de cruzeiros, e com dificuldades na vida pessoal, além de voar, por mês, níveis bem próximos ao limite de 85 horas mensais imposto. (Wikipédia)
“Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho” (Edson Queiroz)
Sonia Nogueira