Certa pessoa faz parte dum grupo literário. Lendo os textos dela não vejo nenhuma diferença entre outros autores do mesmo grupo. Mesmo nos grandes autores às vezes um pouco mais requintados no trato com as palavras, outros menos expressivos, mas é o eu de cada um com estilos e contextos diferenciados.

A pessoa ganhou o primeiro lugar num concurso nacional. O texto enviara para o moderador do grupo que recebe os textos e envia para os outros componentes do grupo. Porém não foi anunciado para o grupo. Como faço parte do grupo conclui que o ganhador ia ser anunciado no encerramento do ano em curso.

Seria o lógico, o óbvio, o certo. Sem discussão nem justificativas. Esta observação caberá para todo grupo, sem exceção. Cada prêmio deverá ser comunicado para todo grupo. Mas está havendo embargo no baile. As portas se abrem apenas para os convidados selecionados. Sinto dó. O status social e o dinheiro falam mais altos, as posições sociais ganham destaque. Foi sempre assim e sempre será. Sinto dó...

Fosse o chefão do grupo ou alguém mais, que colocam como destaque a divulgação tomaria a mídia, jornal, aplausos, parabéns. E por aí se vai.

Com a maturidade adquirida no decorrer dos anos, não dá mais para fazer o papel de medíocre e calar em determinadas situações onde meu intelecto raciocina e disseca numa visão real os pontos, vírgulas, reticências e interrogações. Prêmio não se guarda no baú é para DIVULGAR. Para cima de moi...!

Essa mesma pessoa já ganhou dois concursos no Rio de Janeiro, enviou o texto pra ser divulgado no jornal do grupo e coincidência ou não o jornal nunca mais foi impresso. Não acredito em coincidência e sim, em providência.

Aliás, num grupo não deve haver preferências nem prioridades. Dar-se oportunidade a todos sem exceção de raça, religião, idade, valores financeiros, status sociais para que haja promoção e outras citações menores que menosprezo.

Literatura é arte aberta que não escolhe punho nem feição para seu desempenho. Embargar um trabalho que foi o primeiro colocado num concurso nacional é despeito não há outra explicação.

A letra continua e o talento não morre é nato, a semente frutifica enquanto houver chuva e sol.

A dignidade de uma pessoa está no seu caráter, e não na profissão. Nas apresentações é assim:  Este é o deputado fulano, este é o jurista sicrano, este é filho do médico tal, e, o outro fica no anonimato. Caso aconteça comigo a palavra debulha o valor como pessoa digna que SOU. Eu sou Sonia Nogueira professora, com muito orgulho, formadora de mentes críticas e profissionais da Nação, poetisa, escritora de sonhos  e das minhas vontades....
A ficha está TOTALMENTE em Branco, sem nenhuma rusga.

sonianogueira