Líquido precioso da vida o sangue. Algumas pessoas não sabem conservá-lo e estragam com cigarro, álcool, drogas. Depois de intoxicado difícil a tarefa para purificá-lo.
Ontem assisti este líquido vermelho pingando gota a gota no calçamento da rua em plena 15h45min no sol escaldante da Fortaleza quente. Nunca me aproximo de acidentes, me constrange.
Sabemos que, a cada minuto, vários acidentes de carro acontecem no mundo. Mas quando ocorre a duas casas, após a sua, a coragem faz você vê de perto o trágico. Um carro da Nacional gás Butano vinha na sua mão, por isso ia com toda segurança. A motorista uma jovem de 28 anos e sem cinto, é aqui perto vai sem cinto, segundo as pessoas que foram ao carro e constataram que o material estava bem certinho no lugar.
Estava fazendo o café e ouvi o estalado de sons parecia um telhado voando no ar ou uma casa sendo demolida. De repente o último bac forte e o silêncio. Corri. Estava lá a jovem estirada no calçamento, a multidão logo encheu metade do quarteirão. O carro com os quatro pneus para cima, o outro na outra rua a meia quadra do rebolado do corpo que foi cuspido desastrosamente.
Encontraram a bolsa telefonaram para a família. Chegou a irmã. Grito de desespero. Minha irmã? Nãoooooooooo. Tome um pouco d’água oferece à vizinha. Chega a polícia, afasta o povo, entrevista uma pessoa dali. Chama o SAMU.
O líquido ali escorrendo como uma tintura num quadro preto. A vizinha trouxe um guarda chuva para amenizar o sol quente no corpo desmaiado e com respiração ofegante. A irmã quis se aproximar abraçar. Não pode moça, argumentou a polícia. Não se mexe enquanto os médicos não chegarem.
O SAMU demora e angústia toma conta do nosso coração. Bate forte a lágrima aparece, a multidão aumenta.
Chega enfim o SAMU afasta a multidão, desemborca o corpo, põe o corpo ainda desacordado na maca e dá os primeiros atendimentos de urgência. Passa alguns minutos e sai com a sirene triste pedindo passagem. O líquido ainda está ali na rua como prova do descuido e imprudência dos condutores de carro.
Hoje soube que a jovem de 24 anos tem uma butique há dois quarteirões da minha residência, na avenida central do bairro. Na semana passada passei lá e comprei um par de brincos. Nem sabia que o inesperado ia acontecer na minha rua.
A jovem não resistiu e subiu para outra dimensão as 18h do mesmo dia, deixou órfão duas crianças de cinco e oito anos...
Deus a tenha consigo.
Ninguém sabe do amanhã imagine do futuro!
Por isso vivamos hoje bem e dignamente saudável.
sonianogueira