Amizade

As amizades acontecem porque cativamos a outra pessoa. Há pessoas que gostamos de imediato outras não conseguimos. Há certa antipatia por determinadas pessoas e não sabemos a causa. Certa vez li um texto de um estudioso sobre o assunto e ele mostra que é um problema de rejeição involuntária, porém não chega à mente a explicação lógica deste fato.

E quando acontece a longa distância de gostarmos de uma pessoa apenas pelos seus textos. Acho isso fantástico.

Há coisas pequenas que se tornam grandes pelo carinho recebido. Estou no Recanto das Letras desde abril de 2006. Passei o ano de 2008 fora deste site e voltei em 2009. Fiz alguns amigos literários dos quais trocamos comentários sobre nossos textos. Mas, ninguém, enquanto eu me ausentei lembrou-se de mim do meu aniversário nem no Natal, que são duas datas populares, onde enviamos votos de felicidades.

Exceto um poeta que mesmo eu distante do site e do Estado envia em todo meu aniversário um poema. Há gente, foi e é tão grande o ato de carinho que guardo estes poemas no papel impresso e no coração.

Não nos comunicamos durante o ano, apesar de estarmos no mesmo site e um correio interno e oculto á nossa disposição.

Este ano ele atrasou um dia. Ao abrir minha correspondência que tristeza. O poema não estava lá. Comentei: Meu amigo esqueceu-se de mim. Como dói ser abandonada! Ele é único. Só ele faz isso. E a tristeza cobriu o coração! No outro dia eis o poema de parabéns. Há! O sorriso largo emoldurou a face, imprimi e depositei com toda carinho na minha pasta de amigo surpreendente, um carinho do tamanho do mundo.

Pequenas ações tornam-se grandes, quando a pessoa é única a fazê-lo.

   Amo-te amigo desconhecido
   Sem rosto, sem sorriso, só alma
   De sentimento que não sei tido
   Tanto carinho de nobreza d’alma

Não sei da tua idade e destino
Nem dos teus sonhos ventureiros
Embaixo da pele cordeiro ou felino
Lavrador, doutor ou timoneiro