QUE A PAZ CHOVA NO MUNDO

SoniaNogueira

Arte e Emoção Caminhando

Meu Diário
18/10/2009 16h31
*O PASSEIO DO LIXO


                

               Sábado precisamos ir a Itaiçaba, eu e minha sobrinha, visitar uma tia que se encontra numa faze terminal. Tem oitenta e seis anos. Foi uma correria. Marcamos para o expresso de 13h45.

Nós íamos ficar somente sábado e domingo. Só dois dias, o homem veste uma bermuda, uma camiseta de malha, a carteira com documentos e uns trocados necessários à viagem e boa sorte.

A mulher é um protocolo medonho. Lençol, baby-doll, toalha, sabonete, pó, batom, pente, escova dentel, creme dental, perfume, desodorante, protetor solar, bijuterias, caneta, caderneta de endereços, uma roupa para trocar após o banho, outra para voltar, etc etc.

Nesta luta de arrumar, banhar-se, almoçar, toma o espaço da manha toda.

A buzina do carro toca. – Cheguei Té vamos logo estamos em cima da hora. O marido voa numa loucura para chegarmos a tempo. – Calma, menino, não corre tanto é perigoso. Mas o treino dos anos na direção deixa as mãos e a mente hábil demais e confiante, mesmo que o perigo acompanhe de pertinho em cada curava ou ultrapassagem.

- Chegamos, fui comprar as passagens. A atendente comentou, o expresso já vai sair creio que não dá tempo. Alertei a sobrinha. - Suba a passarela, vá até o embarque, peça ao motorista que nos espere. Qual nada. Mal ela subiu a passarela o transporte ia saindo.

- Perdemos o horário Té. Agora vamos esperar para o de 15;45. Voltei ao balcão mudei o horário de bilhete. Ficamos tranquilas. Conversando, tomamos o cafezinho da tarde, gostoso e bem brasileiro.

Olhei para uma sacola na qual levava umas roupas para minha prima e vi outra sacola amarela dentro. Indaguei da sobrinha.

– Este saquinho é seu?

- Não, vi lá no chão perto da sua sacola e coloquei dentro. Ao abrir era um saquinho de lixo que colocara perto, para quando sair na calçada por no lixeiro de ferro. Há, como rimos da pressa e as pessoas presentes também.

De repente o celular toca. Era o marido da sobrinha. Já estão viajando? Caso contrário eu vou aí pegá-las. A filha esta ardendo em febre. Fomos para o hospital. Quando chegamos a casa. Minha sobrinha comentou, fomos à rodoviária somente deixar o lixo.

 sonianogueira

 

 

 


Publicado por Sonia Nogueira em 18/10/2009 às 16h31
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