QUE A PAZ CHOVA NO MUNDO

SoniaNogueira

Arte e Emoção Caminhando

Meu Diário
25/09/2009 10h54
*O LÍQUIDO DA VIDA



          Líquido precioso da vida o sangue. Algumas pessoas não sabem conservá-lo e estragam com cigarro, álcool, drogas. Depois de intoxicado difícil a tarefa para purificá-lo.

Ontem assisti este líquido vermelho pingando gota a gota no calçamento da rua em plena 15h45min no sol escaldante da Fortaleza quente. Nunca me aproximo de acidentes, me constrange.

Sabemos que, a cada minuto, vários acidentes de carro acontecem no mundo. Mas quando ocorre a duas casas, após a sua, a coragem faz você vê de perto o trágico. Um carro da Nacional gás Butano vinha na sua mão, por isso ia com toda segurança. A motorista uma jovem de 28 anos e sem cinto, é aqui perto vai sem cinto, segundo as pessoas que foram ao carro e constataram que o material estava bem certinho no lugar.

Estava fazendo o café e ouvi o estalado de sons parecia um telhado voando no ar ou uma casa sendo demolida. De repente o último bac forte e o silêncio. Corri. Estava lá a jovem estirada no calçamento, a multidão logo encheu metade do quarteirão. O carro com os quatro pneus para cima, o outro na outra rua a meia quadra do rebolado do corpo que foi cuspido desastrosamente.

Encontraram a bolsa telefonaram para a família. Chegou a irmã. Grito de desespero. Minha irmã? Nãoooooooooo. Tome um pouco d’água oferece à vizinha. Chega a polícia, afasta o povo, entrevista  uma pessoa dali. Chama o SAMU.

O líquido ali escorrendo como uma tintura num quadro preto. A vizinha trouxe um guarda chuva para amenizar o sol quente no corpo desmaiado e com respiração ofegante. A irmã quis se aproximar abraçar. Não pode moça, argumentou a polícia. Não se mexe enquanto os médicos não chegarem.

O SAMU demora e angústia toma conta do nosso coração. Bate forte a lágrima aparece, a multidão aumenta.

Chega enfim o SAMU afasta a multidão, desemborca o corpo, põe o corpo ainda desacordado na maca e dá os primeiros atendimentos de urgência. Passa alguns minutos e sai com a sirene triste pedindo passagem. O líquido ainda está ali na rua como prova do descuido e imprudência dos condutores de carro.

Hoje soube que a jovem de 24 anos tem uma butique há dois quarteirões da minha residência, na avenida central do bairro. Na semana passada passei lá e comprei um par de brincos. Nem sabia que o inesperado ia acontecer na minha rua.
          A jovem não resistiu e subiu para outra dimensão as 18h do mesmo dia, deixou órfão duas crianças de cinco e oito anos...
         Deus a tenha consigo.

Ninguém sabe do amanhã imagine do futuro!
            Por isso vivamos hoje bem e dignamente saudável.

                                                                                                                                                                                sonianogueira

 


Publicado por Sonia Nogueira em 25/09/2009 às 10h54
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